terça-feira, 3 de março de 2015

BRINCADEIRA INDÍGENA MACUXI: KAAKAPÉ- PEITADA-

Cada povo tem seu modo de viver, cultivando a terra, respeitando meio ambiente, praticando os valores culturais como forma de fortalecer a sua identidade. Um dos exemplos são cerimonias, crenças, historias, brincadeiras dentre outras ações.
Kaakapé significa PEITADA é uma brincadeira realizada há muito tempo pelos  macuxi. Acontece da seguinte forma:  as mulheres depois de fazerem o caxiri peneira e separam o bagaço. Caxiri é uma bebida tradicional na cultura macuxi. quando o Caxiri fica forte retiram o sumo da bebida para servir de premiação para a brincadeira.
Outro processo da brincadeira é feito escolha dos homens forte da comunidade para eles ultrapassarem em uma barreira de pessoas que impedem que ele possa pegar a bebida. A barreira é feito com outros membros da aldeia. Essa barreira fica a três metros da bebida. Quando a brincadeira é iniciada a pessoa tentar passar,  muitas das vezes não conseguem, as pessoas dificultam que ele possam passar segurando-o,jogam bagaço de caxiri em cima dele e a pessoas fica liguenta, derruba no chão. A única regra é que não pode entrar na porrada se não o tuxaua que é líder da aldeia manda amarrar. Assim é repetido varias vezes com outros competidores, muitas das vezes a competição é feita com comunidades diferentes. quando a bebida é alcançada ele ganha sozinho o balde de caxiri.
A pratica dessa brincadeira é realizada entre poucas comunidades. Mais o importante é que essa pratica ainda não foi esquecida e precisa ser fortalecida cada vez mais, documentada e registada para para futuras gerações.
Autor 
Elder Silva Marques
Graduado no curso de gestão territorial indígena
Área de Habilitação: património indígena

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

HISTORIA DOS PASSAROS PICA-PAU E MERGULHÃO

pica-pau: imagem retirada da Internet
Meus parentes sempre contava essa historia: Certo dia o pássaro pica pau e mergulhão saíram para pescar em um rio. Depois de uma semana estava voltando para casa. Animados com a canoa cheia de carnes de peixes e caças desciam as cachoeiras conversando tranquilamente.
mergulhão: imagem retirada da Internet
Cansados decidiram dormir, quando acordaram estavam próximo a uma grande cachoeira que não deu tempo de fazer mas nada. pularam da canoa, perderam todos seus alimentos. a canoa sumiu. ficaram muito triste. então o pica-pau pensou. e disse para o mergulhão. eu vou fazer canoa e você vai procurar os pertences no rio. Tudo bem. Como combinado, saíram e nunca mais se encontraram. 
Segundo os mais idosos macuxi, o pica-pau ate hoje nunca conseguiu contruir a canoa nem o mergulhão encontrou seus pertences. essa é a historia que o meu povo conta.

Autor: Elder silva marques
Povo: Macuxi
 

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

MAKUNAIMÎ E TERRITORIO MACUXI

      Em Roraima a mitologia do povo macuxi esta relacionado ao grande pajé Makunaimî e seus filhos  Insikiran e Ani´ke, esses personagens tem uma simbologia no território macuxi, principalmente  ao mundo dos espíritos que são de importante valor  gravados na memoria dos detentores dos conhecimentos tradicionais. 
      O modo de aprendizagem em relação ao conhecimento tradicional na cultura macuxi acontece através do ensino sociocultural, principalmente sobre o respeito ao meio ambiente, e seu significado no seu território contado através de historia como por exemplo; os benzedores têm o dom de fazer orações. Eles exercem a função de cuidar das pessoas através de benzimento, de chá e de banho, quando as pessoas estão com dor de estômago,  entre outras doenças. Pedem licença dos espíritos malignos para visitar um determinado lugar pouco visitado como por exemplo lugares sagrados, sítios arqueológicos de urnas funerarias e pinturas rupestre. 
      Acredita-se que essas são as marcas deixadas por Makunaimî, que  estão relacionadas com a proteção e com o meio social em que vivemos. A maneira de respeitar esses lugares acontece a partir da prática da crença no ritual feito pelos “benzedores” que consiste em pôr a pimenta malagueta nos olhos. 
      Essa prática é uma forma de manter viva a tradição cultural e principalmente de proteger o patrimônio arqueológico. Porque os Macuxi sentem medo e não vão a esses lugares sem cuidado. Com esse rito, os Macuxi pedem licença e se protegem de um possível espírito maligno conhecido de Mariwa, deixado por Makunaimî. Quando isso não acontece o “chefe” do lugar pode roubar o espírito da pessoa e levar para serra, fazendo com que tenha muito pesadelo quando for dormir.
Acredita-se que, quando não é realizada essa crença a pessoa sofre consequências relacionadas à dormência no corpo e muita dor de estômago. Por isso esse rito de proteção antes de ir a esses lugares acontece dessa forma há muito tempo por nós indígenas.
Esses lugares sagrados estão relacionadas ao mundo dos espíritos. Para nós indígenas, muitas formações rochosas são moradas de espíritos relacionados à Makunaimî. Por isso quando um sítio arqueológico é visitado, é necessário colocar pimenta no olho como forma de proteção. E também comer damurida, pois é contraindicado ir a esses lugares sem antes estar bem alimentado.



 
















 
Autor Elder Silva Marques, graduado no curso de gestão territorial, na UFRR na área de habilitação em patrimonio indígena.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

PAJE NA CULTURA MACUXI


Na cultura macuxi para ser um pajé exige um processo de formação tanto para homens ou mulheres, o pajé é um medico macuxi que esta interligado ao espírito e cada pajé tem um mestre que pode ser: de pião roxo, é uma planta bem resistente tanto no inverno e verão pode ficar sem folha mas não morre, mestre purake que é um peixe elétrico da região amazónica, esses mestre são uma espécies de soldados espirituais que retiram ou capturam espíritos maus do corpo do macuxi que pode ser um  bicho da serra conhecido por nome de  mariwa vilão que mora na serra que costuma pegar o espirito do macuxi.
Existem uma diferença entre o pajé e o benzedor: o pajé realiza sua atividade durante a noite com uma pratica que é folha especifica, vela, tabaco, e banho de plantas medicinais. Já o benzedor tem sua pratica que é apenas fazer oração em um chá ou banho o benzedor realiza sua atividade durante o dia e anoite.
Todas as orações na cultura macuxi para curar um paciente tem um significado e uma comparação com uma historia que se  baseia em um conhecimento tradicional adquirido durante sua experiência como por exemplo: 
Na cultura macuxi esses conhecimentos tradicionais tida como patrimonio imaterial esta deixando de ser praticada ou repassada aos jovens devido a intrusão de novas culturas como por exemplo no passado após ao jantar da noite no inicio da noite os mais idosos sempre se juntava com seu filhos e contavam suas historias e assim o jovens ia adiquirindo esperiencia de vida e isso servia como um conhecimento quando casar, mas essas praticas é muito dificio pois na maioria das comunidades os meios tecnologicos atrapalham bastante como é o caso da televisão, os jovens quer assistir apenas novelas, ouvir musicas no celular e assim o jovem vai perdendo esses conhecimentos que é muito diferente dos tempos passados aos dias atuais.
Além dessas dificuldades cada escola dentro das terras indígenas vem construindo o projeto politico pedagogico e introduzindo no currículo de ensino temas da realidades indígenas e isso esta sendo muito gratificante registar e divulgar essas informações para fulturas gerações.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

CONHECENDO O MALOCÃO



Malocão é um espaço comunitário utilizado pelos povos indígena na região amazônica e especificamente em Roraima. Cada povo tem sua própria estrutura de maloca, com características únicas que ajudam a distinguir um povo do outro.
O termo maloca é conhecido pelos povos macuxi como uma casa grande (espaço em que se reuni para realizar diversas atividades como: almoço comunitário, festas, reuniões e outrosevento de interesse comunitário).
Para construir um malocão exige muito trabalho e esforço do macuxi, e o trabalho comunitário é indispensável deste o planejamento a execução para conclusão da estrutura do malocão. O arquiteto indígena é sempre uma pessoa que tive a experiência de trabalhar com essa atividade e somas esse conhecimento e habilidade com outras pessoas e só assim inicia o trabalho de construção do malocão. Importante lembrar que o arquiteto nunca teve curso profissionalizante.
A construção de um médio malocão com 6 metros de diâmetros necessita de 3.000 palhas e madeira especifica para cada base estrutural como, por exemplo, principais madeiras para a estaca são: Puã, pau Rainha, Massaranduba, para caibros são outros tipos de madeira, casca grossa, vara branca entre outros. Muitas das vezes essas madeiras não são encontradas na comunidade em boa quantidade, daí que tem a necessidade de pedir em outras comunidades vizinhas.
É importante destacar que depois que o malocão  estiver pronto ,a uma crença que é praticada pelos mas idosos como uma forma de segurança para as pessoas que utilizarão do espaço é necessário que se faça um ritual para espantar os males, coisa ruim essa crença é feita com muitas pessoas através de danças cantos e defumação com maruwai ( maruwai é um tipo de leite de uma arvore sagrada), acredita-se que não fazendo essa pratica a casa onde seria um espaço de alegria da população fica abandonada sem chamar atenção ficando ser um local de desentendimento na comunidade.


quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

TAMBOR COMO PATRIMÔNIO INDÍGENA MACUXI

FOTO DE ELDER MARQUES
Tambor é um instrumento feito de madeiras da embaúba Cecropia pachystachya encontrada com muito frequência nas matas e como pioneira em áreas degradadas. Árvore de médio porte, pioneira, 4 a 8 metros de altura, de madeira fraca e crescimento rápido, (http://www.arvores.brasil) e com pele de veado campeiro ozotocerus bezoarticus, (http://ambientes.ambientebrasil), uma das sete espécie de cervídeos que existem no brasil, ocorrendo principalmente em áreas abertas. Mas que é fonte de alimento dos povos indígenas macuxi. e pode ser também feito de couro de bovino, corda de Kurawa- planta típica da região encontrada nas margens de rios ou igarapés e cipó. Este é um instrumento que não é muito difícil de confeccionar.
Para fazer o tambor macuxi é necessário muita habilidade e conhecimento tradicional como, por exemplo: é necessário formão para cavar a madeira, martelo e lixa para  deixar a madeira com em uma espessura de 2 a 3 cm, e em seguida tem que lixar a madeira ate ficar bem macia. Depois de fazer esse procedimento que leva em media 3 horas, é necessário que se ponha a pele do veado campeiro de molho, depois fazer o corte em medida certa da circunferência, depois de furar nas margens da pele é amarrado com filha de Kurawa deixar bem apertada ate ficar um som adequado e esta feito o tambor. O tambor é tocado em danças tradicionais do povo macuxi como parixara, tukui, e aleluia.
Essa pratica de confeccionar esse tipo de instrumento musical esta sendo esquecida devido a falta do ensino e estimulo dos jovens e idosos que mantem esse conhecimento tradicional oque chama ainda mas atenção é que os jovens ainda não estão preocupado em poder produzir devido a intrusão de novas culturas e instrumentos musicais não indígena dentro da cultura macuxi.
AUTOR MACUXI ELDER SILVA MARQUES


terça-feira, 10 de dezembro de 2013

HISTORIA DO VEADO E DO JABUTI

Certo dia o Veado e O Jabuti decidiran se enfrentar e para isso eles combinaram uma disputa de corrida de quem chagava no fim do limite combinado e como o jabuti muito esperto cuidou logo de se preparar falou com todos parentes dele e disse que se ele perdesse para o veado seria um fraco no meio dos animais.
E o jabuti combinou com seus parentes que ficassem em fila ate o ponto de chegada e quando o veado gritar ai voces gritam mas na frente e isso ficou certo.
A corrida começou e o veado saiu disparado pulando por cima do pe de caimbé e em cima das pedras e quando o veado estva ficando cançado ele começou a gritar - ei cumpadre jabuti e o jabuti respondia na frente oi cumpadre ta fincado para tras e assim foi a corrida. O veado perdeu a corrida para o jabutir, na verdade o jabuti nem saiu do lugar. Como todos jabuti são todos parecido o veado nem percebeu esses detalhes.